Fiz textos melhores que esses sobre os mesmos álbuns na lista do Rock 'n' Beats, mas curtam a lista =).
15- MTV Unplugged - Mando Diao
Sempre curti o trabalho dos suecos do Mando Diao. Fui ouvir o acústico com expectativas médias, afinal, a fórmula acústico mtv já estava bem...usada. Poucas vezes, ou nunca, um acústico me impressionou tanto. Um disco de coragem, que ousou tornar lentas algumas músicas rápidas, como no hit Dance With Somebody e em You can't steal my love, e nos presenteou com um momento épico no dueto entre Gustaf Norén e Juliette Lewis na explosiva High Heels.
14- Volume II - She and him
O trabalho principal dela é como atriz, a parte mais ambiciosa da carreira dele passa longe desse duo. É exatamente a falta de pretensão e a felicidade retrô mais pura que fizeram de Volume II um dos meus álbuns favoritos do ano. Antes de ser uma expressão de excelência e inovação, a música pop tinha como objetivo a diversão do público. Aperte o play e sinta-se nostálgico por uma época na qual você nem havia nascido.
13- Charlotte Gainsbourg - IRM
Difícil e desafiador. Mas também o que você queria de um álbum que nasceu em um exame cerebral após um derrame, sobreviveu às gravações de Anticristo de Von Trier e foi produzido pelo gênio Beck Hansen? Um álbum que também mostra que, por mais que você tente, os franceses sempre serão mais "cool" que você.
12- The Walkmen - Lisbon
Quando ouvi os primeiros acordes de Stranded, me senti completamente distante de tudo. E o álbum segue inteiro assim, como uma viagem que você faz enquanto canta a plenos pulmões o refrão de Juveniles ou arrasa no Air Drums em Angela Surf City.
11- Lissie - Catching a Tiger
Uma verdadeira "revelação" deve nos encher de curiosidade para um segundo álbum. Com seus covers geniais e um álbum de estreia impressionante, Lissie Maurus foi uma das maiores revelações do ano, e a combinação de sua voz de Stevie Nicks e sua Fender Thinline são uma muito aguardada esperança para o rock de vocais femininos.
10- Stornoway - Beachcomber's Windowsill
Ao mesmo tempo, o melhor disco romântico de 2010 e o melhor para ser aproveitado na estrada. O Folk inglês elevado a última potência, daqueles de desligar o celular, ficar offline e aproveitar o mundo.
9- The Gaslight Anthem - American Slang
Esses garotos de New Jersey criam uma obra-prima underrated atrás da outra. Se o The '59 Sound é um melhores álbuns dos últimos anos, Brian Fallon e cia aceitaram o desafio e misturaram mais uma vez o punk, o The Clash e o Bruce Springsteen em um disco direto, com um tipo de rock que foi esquecido nos tempos dos skinny jeans e do glamurous indie rock 'n' roll.
8- Two door cinema club - Tourist History
Com a angústia do Arcade Fire, a depressão do The National e a melancolia de Ben Folds, alguém tinha que fazer música para os felizes e despreocupados em 2010. Nada melhor do que o som hiperativo dos irlandeses do TDCC, que resumiu a palavra "férias" em algumas faixas.
7- Superchunk - Majesty Shredding
Sim, um grande disco quando aproveitado através de fones de ouvido ou caixas de som. Mas as guitarras despretensiosas e a energia crua de Majesty Shredding parece perfeita para um grande show de rock. Com uma sequência como Crossed Wires/Slow Drip/Fractures/Learned to surf, impossível não se sentir como um(a) adolescente.
6- Belle and Sebastian - Write about love
Faça um experimento, coloque o Write About Love e vá para uma livraria, ou para um museu, ou para um parque (ou para o Inhotim em BH, acho que é a combinação perfeita). Para os que reclamam que o novo álbum do B&S é mais do mesmo, eu só falo isso: Se você descobrisse a fórmula perfeita para qualquer coisa, você ainda escolheria não usá-la?
5- Foals - Total Life Forever
Muita lista importante colocou o Total Life Forever nas primeiras posições. Agora eu pergunto: Por que eu ainda me sinto como a única defensora desse grande disco? É só mencionar o grande salto de qualidade dado pelo Foals em um post que muita gente vem criticar. Enquanto Antidotes era um bom álbum para dançar e ver skins, o sutil TLF é um disco para qualquer momento. O Foals deixa de ser, com Spanish Sahara e Blue Blood, uma banda modinha para ser uma força criativa. Sente falta do Foals antigo? Daqui a pouco surge alguma cópia.
4- Ben Folds - Lonely Avenue
Nick Hornby mostra mais uma vez que ele simplesmente ENTENDE. De tudo e de todos. Um cronista hábil do cotidiano, versando sobre personagens reais (Levi Johnston's Blues, Doc Pomus), divórcio (Claire's Ninth), Romance (From Above, Practical Amanda) e a tristeza na forma mais bruta encontrada em 2010 (Picture Window).
3- LCD Soundsystem - This is Happening
James Murphy é um poeta da vida bôemia. Uma versão moderna daqueles que bebiam e morriam de tuberculose nos séculos passados. Mas Murphy faz sua filosofia de maneira mais saudável, na forma de épicas faixas que embalam a noite perfeitamente. Não, nós queremos um Hit, James, nós só queremos mais um tempo com essa que é uma das melhores bandas dos últimos tempos.
2- The National - High Violet
Você está de ótimo humor, está tudo dando certo, você foi passear no parque com o amor de sua vida e vai sair com toda a turma mais tarde? Não é o dia para ouvir o High Violet. Uma trilha-sonora perfeita para dias de clima chuvoso e mente mais chuvosa ainda.
1- Arcade Fire - The Suburbs
Um álbum que me atingiu violentamente. Minha opinião completa sobre esse discão está no Rock'n'Beats.
Menções honrosas: Bad Books, Villagers, Broken bells,Freelance Whales,Delphic, Sleigh Bells
BONUS LIST - Don't let me down: As 7 maiores decepções de 2010
7- Vampire Weekend - Contra
Bom álbum? Sim. Hits grudentos? Sim. Escutei durante uma semana, enjoeei e só continuei gostando de Cousins e Giving up the gun? Também. O álbum com pior fator Replay do ano.
Podia ter sido: Cousins
Foi: Diplomat's Son
6- Sara Bareilles - Kaleidoscope Heart
Com um disco de estreia que me cativou com letras inteligentíssimas e pop perfeito,a californiana Sara Bareilles ganhou fama, fãs e tudo o mais. Pena que no segundo álbum, ela abandonou tudo o que a diferenciava da massa de cantoras/compositoras de Jazz-pop e abraçou seu lado Norah Jones.
Podia ter sido: King of Anything
Foi: Hold My Heart
5- Brandon Flowers - Flamingo
Que horror. Uma grande decepção, que só não está mais alta no ranking porque eu nunca achei que uma carreira solo do vocalista de uma das minhas bandas favoritas fosse boa notícia. Bring back The Killers.
Podia ter sido:?
Foi: Crossfire
4- Gorillaz - Plastic Beach
Repetitivo. Salvo por momentos geniais como On Melancholy Hill e Stylo, o Plastic Beach parece uma música interminável, que exigiu esforço para não pausar no meio e não voltar nunca mais.
Podia ter sido: On melancholy Hill
Foi: Welcome to plastic beach
3- Klaxons - Surfing the void
Não é um disco insuportável, mas para uma banda que criou um dos melhores álbuns da última década, a falta de originalidade e vitalidade de Surfing The Void é assustadora.
Podia ter sido: Flashover
Foi: Twin Flames
2- Interpol - Interpol
O Interpol tá com preguiça de tudo ou é impressão minha? Um disco de nome nada original com a sonoridade de uma banda cover de Interpol. Depois dessa até eu saía, Carlos D.
Podia ter sido: Barricade
Foi: Success
1- MGMT - Congratulations
Esse foi díficil de terminar. Eu parava, voltava, mas era quase insuportável. Uma banda caindo nas armadilhas de sua própria pretensão. Acho que Andrew e Ben viram que seus grandes sucessos estavam até em Gossip Girl e pensaram: Somos culturalmente superiores a tudo isso e queremos selecionar nossa base de fãs. Selecionaram mesmo, perdendo quase todos. Um grande exemplo do pavor que a cena indie tem do pop, do radiofônico. They're fated to pretend.
Podia ter sido: Flash Delirium
Foi: Flash Delirium várias e várias vezes