sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
O espaço é o limite!
Filme: Star Trek (Star Trek, 2009)
Nota: 8,5
Para ler escutando: Fireflies – Owl City
Sabe aquela galera que sentava na primeira fileira da sua sala de aula? Então, o mundo agora é dos nerds. Como Nerd orgulhosa,acompanho essa evolução e acho isso o máximo.
Tudo começou com os saltos da tecnologia. O computador passou a fazer parte das nossas vidas diárias, e com isso, todo mundo começou a falar de Microsoft, IBM, Apple e Internet na mesa de jantar e nas rodinhas de amigos. Mas a takeover ainda estava distante.
Vieram os filmes baseados em Histórias em Quadrinhos. De repente, todo mundo discutia os novos filmes da Marvel, quais vão ser os vilões do próximo Homem-aranha, usar citações de Peter Parker e Professor Xavier...foi quando apareceu The O.C.
Aquela longínqua série californiana trouxe o primeiro personagem Nerd-cool da cultura pop. Ok, já tiveram outros, mas nenhum tinha chegado à proporção de comunidades inteiras no Orkut cheias de garotas fascinadas. Todo mundo amava Seth Cohen, seus comentários e piadas. Mas Cohen ainda era um Nerd excessivamente Não-Nerd. Chuck, da série de mesmo nome, seguiu seus passos e também virou queridinho dos adolescentes.
Pelo menos 70% das comédias do cinema atual são protagonizadas por nerds. Das populares comédias dirigidas por Judd Apatow e Cia., como O virgem de 40 anos, até os sucessos indies, com personagens interpretados por Michael Cera (Juno) e Jesse Eisenberg (Zumbilândia).
Porém, nos tempos que a Apple é idolatrada por todos, a idéia de uma vida sem o Google parece sinistra e todos ficam o dia inteiro postando “What’s Happening” no Twitter, um ídolo nerd completamente novo era necessário. Foi quando a humanidade conheceu Sheldon.
Agora a revolução Geek é escancarada mesmo. Está nas camisetas, nas gírias e em todos os cantos da mídia. As pessoas passaram a saber o que é Comic-con, E3, Campus Party.
E porquê eu estou falando isso tudo? Na verdade, era pra esse texto ser uma crítica de Star Trek. E sobre como eu amo esse filme, e essa série (só vi a primeira temporada mas tá valendo), e Star Wars, e toda a mitologia desse trem. Mas eu empolguei demais com essa atmosfera de Geek Pride. Dá até vontade de reler “O Guia do Mochileiro das Galáxias” ( o livro mor de qualquer nerd, ou pelo menos devia ser).
Nesse ano, até o Oscar resolveu dar uma vaga ao gênero de filme mais amado pelos nerds na disputa de melhor filme. A ficção científica seria representada muito provavelmente por Star Trek ou Distrito 9, o segundo sendo realmente indicado. Distrito 9 é interessante, joga com o gênero documentário, e usa da presença alien na terra apenas como uma metáfora para tratar do assunto do Apartheid. Uma abordagem criativa e corajosa. Mas alguma parte de mim queria a vaga para Star Trek.
Star Trek é J.J. Abrams mostrando que seu talento não se estende apenas ao mundo da TV. Esse diretor, que começou a fazer sucesso com Alias e criou o maior fenômeno da TV, que chega ao fim esse ano, Lost, traz de volta à vida a fantástica série clássica de Kirk e Spock, uma série que não está no radar dessa geração mas que criou praticamente tudo que a mesma preza em um bom filme de ficção científica. E nesse reboot da série, o diretor acertou em absolutamente TUDO. Elenco afiado (com algumas exceções momentâneas, mas ali é todo mundo jovem) e fisicamente parecido com o original, roteiro bem amarrado (e mais um exemplo da fixação do criador de Lost com viagens temporais), visual maravilhoso (Abrams faz uso de uma iluminação excessiva nas cenas da Frota Estelar, com flashes ofuscantes, e dá uma aparência de submundo para a nave dos Romulanos). E mesmo sendo um filme extremamente moderno, Star Trek é nostálgico e homenageia sua série mãe perfeitamente.
Mas o que importa nesse texto é: cada vez mais, a cultura geek e a cultura pop se tornam interdependentes. Se você é zoado no colégio, apareça lá com um sorriso no rosto, porque é você quem está ditando a moda que os outros vão seguir no futuro. Vida longa e próspera.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Um filme no "In-Between"
Filme: Um olhar do paraíso (The Lovely Bones, 2009)
Nota: 6,25
Para ler escutando: Your Ghost - Greg Laswell
No ínicio de “Um olhar do paraíso”, a narradora-personagem Susie Salmon diz que foi assassinada numa época que não eram comuns, nos jornais e na vida de todos, notícias de violência, especialmente contra a criança. Já o público que está indo aos cinemas para assistir o novo filme de Peter Jackson vive em outra época.
Um dia antes de ir ao cinema para assistir “Um olhar do paraíso”, li que um dos responsáveis pela morte brutal de João Hélio estava livre.E pensei na quantidade de crimes horríveis realizados contra crianças nos últimos anos, cada vez mais violentos e chocantes. E o efeito que o filme tem no seu espectador é exatamente o de trazer a indignação perante o horror, a brutalidade desse tipo de crime.
Stanley Tucci cria um Sr. Harvey dissimulado, cínico, e claramente perturbado, que dá asco no espectador. Posso dizer que os dois melhores atores coadjuvantes (Tucci e Cristoph Waltz) do ano interpretaram vilões repulsivos e detestáveis, que te deixam com aquele impulso de entrar na tela só pra impedir aquilo tudo. O filme brilha nos momentos que está presente a tensão, seja na morte de Susie, na paranóia de seu pai ou na iminência de um novo ataque do psicopata.
Com um diretor premiadíssimo (Jackson) e um tema interessante, “Um olhar no paraíso” podia ter sido um filme inesquecível. Mas o filme caiu em todas as armadilhas que esse tipo de roteiro coloca na estrada, e posso dizer que a culpa está exatamente sobre os ombros do diretor de Senhor dos Anéis. Jackson cria um filme que só funciona nas cenas do mundo real, porque o exagero e o sentimentalismo das cenas do “In Between”, o mundo dos mortos, chega a incomodar. O visual do “In Between” é bonito e marcante, mas é bem lugar-comum, colinas com árvores e esquemas de cores que mudam com o humor de Susie. Esse visual idílico só causa efeito na cena inicial do crime, a tela dividida em sombras e luz, criando mais tensão. No resto, fica “Amor além da vida” demais. A trilha sonora quer acompanhar esse clima de paraíso iniciado pela fotografia, mas consegue em poucas cenas.
Além disso, o filme para de fazer sentido quando seu foco se torna o amor de Susie e Ray, que simplesmente não convence.Uma paixão platônica de colégio que adquire uma importância absurda para Susie no pós-morte fica forçado demais e culmina num final que vai te deixar xingando a tela de cinema por um tempo. A busca da menina pelo primeiro beijo se torna uma fixação meio irritante, ainda mais quando sua família entra em declínio e ainda é o gazebo no qual deveria encontrar Ray que ela vê o tempo inteiro.
Apesar de contar com um bom elenco, o filme decepciona um pouco. Rachel Weisz praticamente não tem espaço para mostrar seu talento, e Mark Wahlberg é competente mas não te impressiona hora nenhuma. Eu considero Saorise Ronan uma atriz impressionante desde “Desejo e Reparação”, mas sua Susie Salmon é prejudicada por um roteiro...comum demais.
Não li o livro de Alice Sebold que originou o filme, logo, não posso comentar sobre o roteiro como adaptação. Durante o filme, você se sente muito mal por todas as crianças que têm suas chances de viver roubadas, todas as futuras fotógrafas de vida animal que nunca viajarão para a África. Mas como Manuel Bandeira disse sobre a morte e a doença quando aparecem muito cedo na vida de alguém, “A vida inteira que poderia ter sido e não foi”, esse é um filme que poderia ter sido e não É.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Ciclo Vicioso
Filme: Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009)
Nota: 9,75
Para ler escutando: Seven Nation Army –The White Stripes
Dois anos seguidos, dois filmes geniais abordando o mesmo tema: A segunda guerra mundial e o regime nazista. O melhor filme de 2008, “O Leitor” surpreendia e assombrava o espectador por dias, por seu roteiro impecável e interpretação histórica de Kate Winslet. E em 2009, Quentin Tarantino nos premia com uma história nada real, mas inteligentíssima e fascinante, sobre esse evento trágico que marcou a humanidade.
Por que, nessa crítica de “Bastardos Inglórios”, eu estou falando de “O Leitor”? Simplesmente porque essa comparação é extremamente útil para explicar o principal tema da película de Tarantino. Em “O Leitor”, a personagem Hanna Schmitz (Kate Winslet) é julgada por um acontecimento no qual 300 mulheres judias são trancadas em uma igreja em chamas. E ao assistir essa cena, qualquer um de nós, espectadores , sente raiva, indignação, repulsa. E, no final de Bastardos Inglórios, um cinema com 380 pessoas ligadas ao partido nazista é incendiado, com suas portas trancadas e atiradores nos camarotes descarregando seus pentes. E o que você sente pode ser descrito em uma frase. “Eles merecem”.
Em Bastardos Inglórios, a vingança se torna justificativa para a crueldade extrema, mas isso só gera um ciclo vicioso. Violência gerando violência. Mas durante o filme, você não pensa nisso. Porque o vilão Hans Landa, interpretado magistralmente por Cristoph Waltz (que já podia pegar seu Oscar antes mesmo da cerimônia), causa uma revolta tão grande no espectador, devida a seu cinismo e frieza, que tudo parece justificado.
Quentin Tarantino consegue unir o estilo, o visual e a ironia de seus outros trabalhos com um tema inteligente e complexo, e cria cenas que se tornam inesquecíveis (e eu não uso essa palavra pra tudo). A trilha sonora é uma bela homenagem ao cinema (Ennio Morricone é GÊNIO) e a fotografia, impecável. O personagem de Brad Pitt se aproxima muito do caricato, mas em uma cena específica o ator mostra que sabe perfeitamente o que está fazendo e brilha. Mélanie Laurent merecia uma indicação ao Oscar por sua interpretação de Shosanna, pois passa uma intensidade absurda apenas com suas expressões faciais.
Requer muito talento para um roteirista escrever uma cena como a primeira cena de Bastardos. Visualmente fantástica, diálogos inteligentes e MUITA tensão.O filme já te conquista ali. Algumas cenas, especialmente as envolvendo o personagem de Michael Fassbender, o tenente/crítico de cinema Archie Hicox, poderiam ser mais curtas, pois atrapalham o ritmo do filme sem acrescentar nada à história.
Em Bastardos Inglórios, os vingadores comandados por Brad Pitt fazem questão de marcar os nazistas que deixam vivos, para garantir que ninguém saia impune. É essa necessidade de punir que permeia a história, cegando os personagens e o espectador. Assistimos o filme sem perceber isso, até que nosso olhar encontra a fúria no olhar de Donny Donowitz ao matar Hitler, e uma pergunta pode passar pela cabeça dos mais atentos: Se o mundo seguir a lei do “Olho por olho, dente por dente”, quando a violência encontrará um ponto final?
domingo, 7 de fevereiro de 2010
O filme-pipoca está vivo. Morto-vivo.
Filme: Zumbilândia (Zombieland,2009)
Nota:8,5
Para ler escutando: Dashboard- Modest Mouse
O cinema sério recebe todas as atenções da crítica. Os dramas, as biografias, os romances, são os filmes que recebem prêmios , tem seus atores elogiados por suas atuações, o trabalho do diretor é ovacionado. Mas num tempo em que até os blockbusters insistem em mensagens sérias (2012 e Avatar, por exemplo), aquele tipo de filme que imperava nos anos 80, o filme pipoca mesmo, sem pretensões de mudar a vida de ninguém, está esquecido pela indústria. E Zumbilândia, da sua trilha sonora até as referências a Bill Murray e Os Caça-Fantasmas, chega com uma proposta: Trazer de volta esse gênero morto, mas com originalidade.
Nada é muito inovador no roteiro de Zumbilândia. O filme conta a história de um grupo de sobreviventes em um mundo tomado por zumbis. A inovação aqui fica por conta da maneira que a história é contada. O personagem principal, Columbus, é um geek metódico que credita sua sobrevivência à uma série de regras que cria, e essas regras aparecem como letreiros em meio às cenas, o que cria um estilo próprio interessantíssimo ao filme. As cenas em si são muito estilosas, e Ruben Fleischer, diretor iniciante, mostra sua capacidade de injetar ritmo em um Road movie. Sim, os mortos-vivos protagonizam cenas muito nojentas, mas eu garanto: Se eu, a blogueira que aqui escreve, que não assiste filme de terror nem morta, não se incomodou com isso, você não irá se incomodar.
Não vi The Messenger ainda, mas é bom saber que Woody Harrelson foi reconhecido pela Academia como um bom ator. Ele brilha como Tallahassee, um personagem que cria uma empatia enorme com o público. O elenco inteiro funciona perfeitamente, Abigail Breslin sensacional como sempre, e Jesse Eisenberg e Emma Stone extremamente naturais nos seus papéis. Sobre a participação especial de Bill Murray? Fantástica. Ele é um dos melhores comediantes vivos, e tem, em Zumbilândia, a coragem de interpretar a si mesmo com um senso de humor impecável. Mesmo curta, sua participação é um dos destaques do filme. A trilha sonora agrada de indies à roqueiros da velha guarda, tornando a experiência de assistir ao filme mais divertida ainda.
Alguns filmes são feitos para servirem como o prato principal de um restaurante 5 estrelas. Eles intrigam, fazem pensar, emocionam. Mas alguns são feitos para ser um dos melhores Hambúrgueres que você irá encontrar. Se é um ótimo pedaço de Fast Food que você quer, não perca tempo. Como diria Tallahassee, “Nut up or shut up”.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Cinema Italiano
Filme: Nine
Nota: 4,75
Para ler escutando: Be Italian – Fergie
O que faz um grande diretor? São as características que o tornam diferente de qualquer um, a sua assinatura. E por isso mesmo, nada bom pode vir de uma releitura de um filme de um grande diretor. Por que qualquer alteração tira a verdadeira alma do original. E Rob Marshall, diretor do genial musical Chicago, resolveu se arriscar a filmar a adaptação de 8 ½ de Federico Fellini para a Broadway, Nine. E fiasco é a única palavra capaz de descrever o que Marshall conseguiu com essa adaptação.
Quais são os charmes de 8 ½? Um visual maravilhoso, em preto-e-branco, que Marshall destruiu com as cores e o exagero estilo cabaret, repetindo tudo o que deu certo em Chicago, dos números musicais. 8 ½ é sutil, dá pra compreender a história mas nada é descaradamente explicado para o espectador. Nine chega ao ponto de se tornar piegas, com os problemas no casamento de Guido Contini e Luisa. O próprio personagem principal, o diretor de cinema de sucesso Guido, que vive uma crise criativa, e, no processo de realizar um novo filme, reflete sobre sua vida e as mulheres que marcaram a mesma, muda de personalidade na releitura de Marshall. Guido, em 8 ½ , é calado e não quer falar com a imprensa pois não tem o que dizer sobre um filme que não existe. Já em Nine, Guido precisa de falar sobre todos esses problemas que ele vive, sempre com piadinhas prontas. Por que? Porque Rob Marshall acha que se ele não explicar tudo, o espectador não vai entender o que se passa ali. Mas sim, nós entenderíamos.
Talvez o maior problema de Nine é que 8 ½ é autobiográfico. Fellini criou Guido como seu alter-ego, e colocou todos os seus problemas, a pressão de criar filmes cada vez melhores, a sua infância católica, as mulheres de sua vida. A história, quando contada por outra pessoa, perde aquilo que fazia dela especial. Fica impessoal.
Aí você pode pensar, e eu, que não vi 8 ½, e não vou perder meu tempo comparando as duas obras, vou gostar de Nine?
O elenco de Nine é fantástico, isso não deixa dúvidas, mas é desperdiçado em personagens bobos e sem profundidade. Penélope Cruz está impecável como sempre, e traz latinidade para um filme que clamava por isso. Marion Cotillard já deu provas suficientes que é uma das melhores atrizes de sua geração, e faz uma Luisa incrível. Daniel Day-Lewis? Não chega nem perto dos seus grandes papéis, e faz um Guido completamente sem carisma e naturalidade, ainda mais quando comparado com o GÊNIO Marcello Mastroianni.
Outra grande falha de Nine: Um musical precisa de músicas maravilhosas. E apenas três músicas se destacam no filme, sendo que as outras são entediantes, não acrescentam nada à história. “Take it All”, a única canção de Nine que fora indicada ao Oscar, não parece pertencer a essa obra, e sim a Chicago.
Rob Marshall tinha tudo: Talento de sobra, que provou com Chicago e Memórias de uma gueixa, um elenco afiadíssimo, e um gênero de filme que o deixava confortável. Mas não adianta, o jogo estava perdido antes mesmo de começar. Nine não funciona como releitura, não funciona como filme, não funciona como musical. 8 ½ não se completou ao se tornar 9, mas perdeu o que o tornava completo: Sua personalidade.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O Feitiço de Pandora
Algumas resenhas de filme você tem que escrever assim que chega da sala de cinema. Se você esperar demais, você perde aquela fala, aquela referência, aquela comparação que você fez na sua cabeça em um certo momento do filme. Mas a primeira impressão que alguns filmes te deixam pode ser ilusória. Por isso, fico feliz de não ter escrito nada sobre Avatar no dia em que cheguei de uma pré-estréia, em toda a glória do Real3D, sonhando em ir pra Pandora.
Avatar já deixou de ser só um filme, virou uma febre, uma epidemia. As sessões estão sempre lotadas, de pessoas que já estão assistindo pela 2ª, 3ª vez, e o filme já é a maior bilheteria da história. E admito, merece todas essas glórias de blockbuster, pois é perfeito como entretenimento. É visualmente maravilhoso, em 3D ou não, o mundo que James Cameron criou, e a mensagem que o filme passa, em tempos de aquecimento global, é urgente.
Mas aí vieram os Golden Globes, e Avatar ganha o grande prêmio da noite, Melhor Filme. Foi quando comecei a refletir. Exatamente o que está sendo premiado aqui?
O roteiro do filme, como muita gente já percebeu, é praticamente igual ao de Pocahontas. Mas até aí, ok, desde quando “adaptar” uma história antiga não pode valer Oscar? Aí, partimos para a performance do elenco. Como parte do filme é um desenho animado, e a parte em live-action não desafia atores como Sigourney Weaver e ainda não mostra nenhum talento fora-de-série para o novo herói de ação do cinema, Sam Worthington, o filme não ganha pontos nesse quesito. Já ta começando a ficar mais grave, um filme com duas falhas como essas ganhar prêmio de melhor filme.
Eu sempre disse que a Academia tinha que ignorar os preconceitos e premiar o tipo de cinema que nos fascina, que traz de volta nosso olhar de criança, que encanta. Mas depois de ignorar tantos blockbusters fantásticos, como E.T. O Extraterrestre, Star Wars, e grande parte da obra dos estúdios Disney,que hipnotizavam sem precisar de óculos 3D para isso, premiar Avatar me parece uma injustiça inaceitável. E se, nessa noite de gala que teremos em março, a estatueta principal for para Pandora, a pergunta que vai ficar na minha cabeça quando a cerimônia acabar é: Porque só o James Cameron ganha prêmios por filmes pomposos?
Assinar:
Postagens (Atom)