Arte é subjetiva. O filme que eu assisto pode ter o mesmo nome, roteiro e atores que o que você viu, mas simplesmente não é o mesmo filme. Isso também funciona para música. Afinal, o momento que vivemos, nossas experiências, nossos gostos, contribuem para a experiência como espectador ou ouvinte de determinada produção.
Sendo assim, uma lista sobre qualquer forma de arte não pode ser imparcial. Não são fatos, são opiniões. Você pode olhar para as minhas escolhas de Melhores Filmes de 2009 e simplesmente pensar : WTF?!
Mas esses foram os filmes que mais “falaram” comigo esse ano.Os filmes que não serão esquecidos. E sim, eu ousei deixar os grandes oscarizados de fora do meu top 5. Sou rebelde. Ha-há.
10ª Posição – Star Trek
Por quê?
Porque me fez querer, mais do que nunca, entrar na Enterprise , colocar um uniforme da Frota Estelar e vivenciar aquilo. Porque fez aquela série antiga parecer uma das coisas mais cool da Terra. E porque foi a maior prova, pra mim, que o J.J. Abrams é uma das caras do futuro de Hollywood.
Melhor momento: Ao som de Beastie Boys, um jovem James Kirk dirige um conversível pelo deserto fugindo da polícia. O que eu chamo de um belo início de filme.
9ª Posição – Zumbilândia
Por quê?
Porque foi um filme que me surpreendeu. Porque veio de um gênero do qual eu não espero realmente nada de interessante. Porque o Woody Harrelson está genial, e seu personagem tem algumas das melhores falas do ano. Porque me fez me divertir como se tivesse num parque temático.
Melhor momento: A aparição de Bill Murray.
8ª Posição – Um sonho possível
Por quê?
Porque é um filme de esporte, com um plano de fundo social e consegue não ser clichê a ponto de irritar. Porque Sandra Bullock finalmente conseguiu ser notada pela crítica sem mudar nada no seu estilo de atuação. E ela conseguiu ser 500x mais natural que a grande diva Meryl Streep esse ano. E ainda por cima deu um show de esportiva no Razzies. E porque Michael Oher é simplesmente uma personagem/pessoa real extremamente meiga e interessante.
Melhor momento: Acho que a cena que o Michael diz que nunca teve uma cama antes definiu o filme pra mim.
7ª Posição – Por uma vida melhor
Por quê?
Porque chegou pra mim nos 45 minutos do segundo tempo e me conquistou. Porque tem a melhor trilha sonora do ano (em um ano que existiu 500 dias com ela). Porque tem aquele humor esquisitinho que eu amo tanto. Porque me deixou mais fã ainda do trabalho do Sam Mendes (e me fez esquecer da coisa horrível que foi Soldado Anônimo).
Melhor Momento: A melhor cena final de um filme do ano. Quando eles encontram finalmente o ponto final de sua jornada é... poético.
6ª Posição – Onde vivem os monstros
Por quê?
Porque não é um filme que você simplesmente vê, você interpreta, você brinca, você se sente imerso. Porque tem a fotografia mais legal do ano (toma, Avatar!). Porque foi o melhor trailer do ano (também, Wake Up do Arcade Fire foi uma escolha brilhante). Porque Spike Jonze foi muito corajoso de adaptar um livro que praticamente não tem história.
Melhor Momento: A “bagunça geral”. Dá vontade de sair correndo com aqueles bichos de pelúcia gigantes.
5ª Posição – Apenas o fim
Por quê?
Porque esse filme fala da minha geração, do meu universo, de tudo que eu cresci vendo e escutando. Porque é Brasileiro e não fica preso nos clichês do cinema nacional. Porque nada acontece no filme, é só uma longa conversa entre dois namorados prestes a terminar, e você não se sente entediado nem em um segundo.
Melhor momento: Não é um filme de melhor momento, digamos que o filme inteiro é o melhor momento.
4ª Posição – Up - Altas Aventuras
Por quê?
Porque Carl Fredricksen é o MÁXIMO. Porque o início desse filme é a melhor coisa que a Pixar já fez. Porque me fez chorar num desenho animado. Porque.........ESQUILO! Ops. Porque foi indicado à melhor filme no Oscar. Porque o Alpha foi o vilão mais divertido do ano.
Melhor Momento: Precisa falar que é a pequena história de Carl e sua amada? Não, né.
3ª Posição – Bastardos Inglórios
Por quê?
Porque deu ao cinema um dos melhores (logo, piores) vilões de sua história. Porque foi o filme no qual Tarantino ousou mudar a história mundial. Porque sua fotografia e trilha sonora homenageiam todo o passado da sétima arte. Porque sabe conciliar momentos tensos, tristes, angustiantes e engraçados sem perder seu tom nem por um minuto.
Melhor momento: Mais uma cena inicial na lista. Você fica tão tenso durante o diálogo de Hans Landa e LaPadite que você não respira.
2ª Posição – Amor sem escalas
Por quê?
Porque esse filme é tão, tão incrível que eu não consegui escrever nada digno dele para o blog. Porque foi o melhor roteiro adaptado do ano. Porque é o melhor filme do Jason Reitman (e ele fez Juno!). Porque o elenco está completamente afiado. Porque te faz refletir MESMO. Porque é engraçado MESMO. Porque ao escrever esse pequeno parágrafo, tudo o que penso é que eu preciso urgentemente de ver esse filme de novo.
Melhor momento: O discurso “O quanto sua vida pesa?”. Porque você entende tudo aquilo o que Ryan diz, e depois o filme (e a vida) te prova o contrário.
E AGORA...a surpresa (não mesmo, pra quem me conhece):
1ª Posição: (500) DIAS COM ELA
Por quê?
Porque é bom demais, uai! Por quê é inovador, criativo, maravilhosamente escrito, doído porém otimista. Trilha perfeita, personagens perfeitos, as falas são tão verdadeiras que você decora e cita em conversas aleatórias, porque foi o único filme do ano que eu quero TER. Porque pra mim, é o filme definitivo sobre um “break-up”. Não acredito que alguém abordará esse tema com tamanha sinceridade. Porque é um filme que cresce a cada vez que você assiste (diz a pessoa que já viu 3 vezes). Porque umas 20 cenas do filme podiam estar naquele espaço “Melhor Momento”.Porque é o único filme da lista que eu mal consigo enumerar os porquês.
Melhor momento: Acho que a cena do “Expectativa/Realidade” é uma das 10 cenas favoritas de todos os tempos da blogueira que aqui escreve.
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